quinta-feira, 17 de junho de 2010

PMDB descarta Pinto e apoia Bocalom, do PSDB, ao governo


O diretório regional do PMDB descartou a pré-candidatura do vereador Rodrigo Pinto ao governo do Acre e decidiu se aliar ao candidato Tião Bocalom (PSDB). Embora a presidenciável Dilma Roussef (PT) tenha Michel Temer (PMDB) como vice, no Acre os dois partidos são adversários históricos.
A decisão do PMDB é uma tentativa de salvar o mandato do deputado Flaviano Melo, presidente do diretório regional. Ex-governador e ex-senador, Melo se viu isolado desde que lançou Pinto como pré-candidato ao governo há mais de dois anos.
Ele alegou que seria impossível o PMDB concorrer sozinho contra os 14 partidos que formam a coligação Frente Popular do Acre, liderada pelo PT, e a da oposição, formada por sete partidos, capitaneada pelo PSDB.
O PMDB terá como candidato ao Senado o ex-deputado João Correia. Ao tomar a decisão de apoiar o candidato do PSDB ao governo, o PMDB estadual também decidiu que apoiará José Serra para presidente.
Por sugestão do PSDB, o PMDB ofereceu a Rodrigo Pinto, filho do governador Edmundo Pinto, que foi assassinado em maio de 1992 num hotel em São Paulo, a oportunidade de se tornar vice de Tião Bocalom.
"Rechaço a proposta. Não tenho perfil para isso. Meu perfil é de luta, de enfrentar os desafios que estão postos para por fim à hegemonia petista no governo do Acre há 12 anos. Acato a decisão do PMDB, mas que o partido trate de escolher outro candidato a vice na chapa do PSDB", afirmou Rodrigo Pinto.
O grande beneficiário da mudança na cena eleitoral do Acre é o senador Tião Viana (PT), candidato ao governo, que enfrentará a candidatura de Tião Bocalom (PSDB) com maior favoritismo. Acreano, Viana será favorecido pelo bairrismo contra o paranaense Bocalom.
Caso as candidaturas de Pinto e Bocalom fossem mantidas, existia possibilidade de segundo turno no Acre. Houve articulação no plano nacional, envolvendo lideranças do PT e do PMDB, para convencer o diretório do PMDB no Acre a descartar a candidatura de Pinto, o que afasta de vez a possibilidade de segundo turno.

Um comentário:

  1. é, será que o povo vai continuar com os Vianas ou vão querer mudança? é nos que temos que fazer essa esconha.

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